Links na bagagem :: Leituras do mês #1

Sim, sim, sim! A seleção dos favoritos do blog voltou! Só que agora vou fazer a listinha com menos frequência, uma vez por mês, para reunir só o creme de la creme e conseguir cumprir a meta. Afinal, apesar do meu ritmo estar mais lento, as leituras não pararam. Então acho justo que a seção do blog volte aos poucos também. Quem sabe um dia eu volto a fazer toda semana, né?

Já sabe o esquema? Se o texto te interessou, é só clicar no título da matéria em destaque e ler mais 🙂

CNN :: The secret lives of your fellow plane passengers

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O que será que se passa na cabeça dos outros passageiros que dividem o mesmo avião que você? Quem são eles, como vivem, do que se alimentam? Qual história daquela viagem? Toda vez que eu viajava para o Rio de Janeiro para visitar meu pai, passava as seis horas de viagem de ônibus imaginando esse tipo de coisa e com vontade de entrevistar os passageiros. Pois finalmente criaram um projeto para ouvir as pessoas que estão em trânsito: durante um voo, a idealizadora da ação passou de mão em mão um bloquinho com perguntas e coletou inúmeras histórias incríveis!

Razões para acreditar :: Museu da Empatia coloca você no lugar de outras pessoas

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A ideia do museu é simples e genial: colocar os visitantes no lugar do “outro” e tentar promover a empatia. Se isso é realmente possível eu não sei, mas a intenção é essa e eles fazem isso com um ato simbólico: o visitante calça sapatos alheios, para e ouve um áudio com depoimentos do dono do sapato. Mais legal ainda é que montaram uma estrutura para abrigar o museu que simula uma caixa de sapatos.

New York Times :: “Eat, Pray, Love” and Travel

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O best-seller “Comer, Rezar, Amar”, escrito por Elizabeth Gilbert, completa 10 anos e a editora Riverhead Books lança agora uma publicação comemorativa: são 47 histórias de pessoas que se inspiraram na jornada da autora para fazerem suas próprias viagens. Em entrevista ao New York Times, ela fala sobre viagens e faz uma reflexão interessante: talvez a versão mais inocente e verdadeira de nós mesmos é esquecida na vida adulta e viajar é um jeito de revisitar esse nosso lado que foi deixado pra trás. ❤

Diário de Bicicleta

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O jornalista Pedro Sibahi fez uma viagem incrível de bike pela América Latina saindo do Brasil e passando pelo Paraguai, Argentina, Chile e Bolívia. Estive acompanhando suas aventuras na página do Facebook do projeto, além do site em si. Estou andando cada vez mais de bike e foi uma inspiração e tanto ler os relatos dos passeios e perrengues dessa viagem – e começar a sonhar em fazer uma também.

Viaje na Viagem :: Casa particular em Cuba

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A Mariana Amaral fez uma viagem recentemente para Cuba e vem fazendo posts no site Viaje na Viagem. Um dos que mais gostei é esse, sobre as casas particulares de Cuba, talvez por ter sido uma das experiências mais legais que já fiz em viagens. Ela relata como foi a sua busca e o que encontrou nas hospedagens, além de dar dicas preciosas de como reservar e se planejar. “Estar hospedado em uma casa particular é ter o privilégio de poder espiar como é a vida de uma família cubana um pouquinho mais de perto”.

The New Yorker :: The Secret Lives of Amtrak Passengers

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A série “In Search of Great Men” do fotógrafo McNair Evans revela por meio de imagens um pouco da vida – e dos sonhos, dificuldades, anseios, confusões – dos passageiros que atravessam os Estados Unidos de trem. A reportagem conta como foi esse processo e mostra que muitos dos viajantes fotografados passavam por momentos de transição em suas vidas. “Uma viagem pode promover um renascimento ou pode matar um sonho”, disse um dos retratados.

Viagem sem fim :: As viagens de Mia Couto

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Meu amigo Daniel Ribeiro estreou recentemente seu blog Viagem Sem Fim no Estadão e já começou em alto estilo publicando uma entrevista com o escritor moçambicano Mia Couto. A troca de ideias é inspiradora, tem memórias de infância, questionamentos e traz um olhar bem diferente e sensível sobre o assunto. “[As Viagens] só mudam se as pessoas viajarem por dentro. Se elas estiverem disponíveis para o encontro, se estiverem disponíveis a deixarem de ser quem são”. Coisa linda! ❤

360meridianos :: Na natureza selvagem e a síndrome de Alex Supertramp

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Esse texto eu até compartilhei na página do Papetes no Facebook, porque achei incrível essa análise sobre o porquê da saga de Christopher McCandless, que inspirou o livro e o filme “Na Natureza Selvagem”, ter se tornado tão fascinante. O roteiro de sua peregrinação até o Alasca inclusive é feito por centenas de viajantes.

Entre os pontos interessantes que foram levantados pela autora Natália Becattini, gosto deste trecho: “(…) é alentador imaginar que as respostas às nossas preocupações e vazios existenciais estão escondidas em algum lugar no meio da natureza. Ou talvez tenhamos que ir tão longe em nossas jornadas pessoais para chegar à mesma conclusão de Chris McCandless em seus últimos dias: ‘A felicidade só é real quando partilhada'”.

Amsterdã :: Rolê de bike

Bikes estacionadas no Vondelpark, em Amsterdã. Fotos do post: Débora Costa e Silva

A capital da Holanda é reconhecida por ter a magrela como um dos meios de transportes prioritários – e todo mundo já ouviu falar disso de algum jeito, seja em matérias na TV, em revistas de viagem ou até lembra de uma novela da Globo que o casal ia pra lá fazer intercâmbio. Por ter começado a andar de bike em São Paulo, me empolguei em relatar essa minha experiência e complementar a série de posts sobre Amsterdã.

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Eu e a Luana, minha irmã companheira de viagem, deixamos o rolê pro terceiro e último dia, quando estávamos mais íntimas da cidade – e já habituadas em ouvir as buzininhas de sininho de alguns ciclistas quando acabávamos atrapalhando o trânsito deles. Aliás, essa foi a maior e acho que única dificuldade por lá. É muita, muita, muuuuita bicicleta!

É lindo? Claro que é – mas dá um pouco de medo. Ainda mais pra quem anda de bike de vez em nunca – como era o meu caso. Quase não dá tempo de relembrar como é mesmo que funciona o negócio, porque rapidinho você já tem que entrar no fluxo e no ritmo da galera. E dá-lhe sininhos na orelha te acelerando! Até pra minha irmã, que anda bastante de bicicleta no Rio, rolou uma estranheza com o congestionamento.

Mas passado o primeiro impacto, eu logo me acostumei e comecei a curtir. A cidade é plana, as ciclovias estão em ótimas condições, tem sinalização, enfim, tudo contribui para circular por Amsterdã tranquilamente sobre duas rodas.

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E a sensação é de dominar a cidade! Eu senti um misto de liberdade com poder, explorando aquilo tudo com uma intimidade e confiança como se eu já conhecesse tudo por ali! É isso, a gente se sente parte do lugar, rola uma integração muito forte que é até difícil de explicar.

E se por um lado a quantidade de bikes assusta, por outro é o que faz a experiência ficar ainda mais bacana, porque você está sempre acompanhado. Mesmo tarde da noite, você cruza com uma galera de bike pra cima e pra baixo, rola uma cumplicidade. Sem contar o fator segurança: aqui em São Paulo eu até ando à noite, mas to sempre alerta e evito lugares muito desertos – quando não tem jeito, acelero o máximo que dá. Em Amsterdã isso não é problema, né? Uma preocupação a menos, que faz com que a experiência fique ainda mais leve e prazerosa.

Tá, legal, mas e aí, vamos ao que interessa?

Num dos primeiros passeios pela cidade já vimos várias bikes vermelhinhas da MacBike, que aluga bicicletas, e recorremos a ela. Acho que deve ser a loja mais famosinha mesmo por lá. Fechamos um pacote de 24 horas para não termos que nos preocupar em ter que devolver com pressa e também porque valia mais a pena financeiramente. Dei uma olhada no site e esse período custa cerca de 15 euros – enquanto 3 horas já dão 11 euros. Resolvemos também pagar o seguro, que era de 3 euros por dia pra nos prevenir de possíveis inconvenientes, escolhemos a bike e pronto! Vamos ao pedal! \o/

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As bicicletas estavam em ótimo estado e foi super tranquilo de manusear, mesmo para quem, como eu, não brincava de pedalar há uns bons anos. Eles deram dois tipos de trancas: um cadeado e uma corrente pra poder enganchar quando for estacionar. E para ter uma ideia da segurança, estacionamos nossas bikes à noite na rua, em frente ao hotel, e tudo bem: acordamos e lá estavam elas, bonitinhas, no mesmo lugar, sem pneu furado, tudo perfeito. Pode parecer desnecessário, mas acho importante ressaltar isso. É tranquilo, confie 😉

Por onde andei

Pegamos nossa bike na loja mais próxima, que no caso era a MacBike da Central Station, e seguimos para o Rijksmuseum. Após passar por vários canais, estacionamos em frente ao museu e fomos dar uma volta e ver as exposições em cartaz.

Depois seguimos para a praça onde tem aquele letreiro gigantesco IAmsterdã e ficamos ali um tempão na beira do lago, tomando sol e aproveitando o wi-fi (sim, também somos filhas de Deus).

De lá fomos ao Vondelpark, que fica pertinho e onde foi uma delícia pedalar. Deitamos na grama e passamos a tarde ali curtindo um som, na sombra, no maior clima de piquenique, com direito a hot dog e muffin à la Amsterdã de sobremesa :P.

Por fim, fomos tomar um café ali perto pra dar uma acordada e tocamos para o bairro Joordan procurar um lugar bacana para jantar – afinal, era o aniversário da Luana e a gente merecia um banquete pra fechar o dia em alto estilo (mas é post de bike ou de comida isso aqui?).

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Nessa parte do rolê, confesso que fiquei meio tensa: a gente caiu numas ruazinhas bem vazias e escuras – pelo visto errei bem a mira do lugar que parecia ser super badalado à noite. Mas não deu nada, a única coisa que mudou foi a atenção redobrada por conta da má iluminação. De resto tranquilo.

No dia seguinte, fomos devolver as bikes já saudosas. A volta a pé foi tão mais longa e sem graça que nos questionamos por que fomos deixar para alugar só no último dia! A gente se acostumou a andar a pé, mas de bicicleta dava para ir mais longe, mais rápido, além de ser bem mais divertido. Achava que era bom dar uma ambientada antes, mas no fim acho que conhecemos melhor a cidade e sua dinâmica pedalando do que de qualquer outro jeito. Fica a dica pras próximas 😉

Fotos do post: Débora Costa e Silva – a que eu apareço foi feita pela Luana Kaiser, obviamente

São Paulo :: Rolê de bike pelo Minhocão

Foto: Débora Costa e Silva

Há muito tempo venho querendo usar o sistema de aluguel de bicicleta Bike Sampa e nunca tinha rolado. Os motivos da demora são vários e ao mesmo tempo nenhum: é tão fácil, simples e prático que eu mesma não me conformo que só fiz isso agora #shameonme. Mas antes tarde do que nunca né?

A pedalada de estreia foi num dos lugares mais bacanas de passear em São Paulo durante os fins de semana: o Elevado Costa e Silva – vulgo Minhocão. Eu também nunca tinha ido andar por lá quando fica fechado (#shameonme2) e, apesar de ser uma construção que já causou muita polêmica por ser considerada um “desastre urbanístico“, sempre me encantei pela ideia de circular ali em cima e ver a cidade sob uma nova perspectiva. É um visual incrível e o elevado vira uma passarela ótima para correr, andar de skate, patins ou de bicicleta: asfalto lisinho, com pouquíssima inclinação e bastante espaço.

Fiz algumas paradinhas estratégicas durante o passeio, mas é claro que em São Paulo cada esquina pode reservar uma surpresa – e dessa vez não foi diferente. Vejam abaixo como foi o rolê:

 

Ponto Chic :: Ponto de partida

Para ter energia para pedalar, fui almoçar no tradicional Ponto Chic que fica na boca da entrada do Minhocão, em Perdizes, no Largo Padre Péricles. Fui de carro até ali perto, sentei em uma das mesinhas que ficam na rua e pedi logo o lanche clássico da casa, o Bauru.

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Foto: Divulgação – Ponto Chic Perdizes, Largo Padre Péricles

A criação desse sanduíche foi nessa lanchonete, mas em sua sede, no Largo Paissandu, graças às invencionices culinárias de um frequentador assíduo, seu Casimiro Pinto Neto, cujo apelido era o nome de sua cidade natal – Bauru.

Reza a lenda que ele pedia para o garçom ir acrescentando determinados ingredientes, de acordo com o que lia sobre nutrição (carne tem proteína, tomate vitaminas e por aí vai) e a mistura fez sucesso. Todo mundo chegava e pedia “Me vê um desses do Bauru”!

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Pão francês + rosbife + tomate + pepino + queijo especial = Bauru. Foto: Divulgação

A receita está aí na legenda da foto, mas não é um simples queijo: é uma mistura entre quatro tipos que resultam no ingrediente que vai neste sanduíche especial. Quem quiser saber mais, dá uma olhada nesse vídeo aqui que mostra como faz o lanche 😉

Vale ressaltar: o garçom que me atendeu era extremamente simpático e gente boa. Ia pedir um suco de morango, mas ele falou: “tem certeza? O daqui não é bom não”. Quantas vezes você topou com tamanha sinceridade? Achei louvável.

Bike Sampa :: Modo de usar

Pernas pra quê te quero: estreando no Minhocão feliz da vida. Foto: David Santos Jr

Pra quem não sabe, o Bike Sampa é um projeto da Prefeitura de São Paulo patrocinado pelo Itaú, que incentiva a mobilidade urbana. Há duas formas de usar o sistema: ativar o seu Bilhete Único ou usar o aplicativo. Escolhi a segunda opção por achar mais fácil. Feito o download do app e o cadastro (é preciso  um cartão de crédito para debitar o valor do aluguel), você já está habilitado para pegar uma bike e sair por aí :-).

Há muitas estações espalhadas em São Paulo e o app funciona direitinho, com um mapa que pode mostrar todas elas ou só as que têm bikes disponíveis ou ainda só as que têm vaga para devolver as bicicletas. O melhor dessa história toda? A primeira hora de uso é gratuita! Depois, são R$ 5 a cada hora de aluguel – se você fizer uma paradinha de 15 minutos entre uma hora e outra, sai de graça também. Outro fator positivo: você pode devolver a bike em qualquer estação, é só ter vaga e encaixá-la de volta.

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Ali no Largo Padre Péricles tem uma estação e, de acordo com o mapa, tinham três bicicletas disponíveis. Só que não: uma mulher estava lá enfrentando problemas para usar uma bike, porque uma estava travada e não saía de jeito nenhum, a outra não aparecia como disponível no sistema e a única que dava para soltar do encaixe estava com o pneu furado. A moça já havia ligado na central do Bika Sampa para avisar, mas não tinha jeito: ou a gente esperava alguém devolver uma bike ou iríamos em outra estação.

Por sorte era feriado e a movimentação era grande. Logo apareceu um pessoal para devolver as bicicletas e consegui pegar uma para mim. Ela tem três marchas, uma cestinha e estava novinha, super bem conservada. Ajustei a altura do assento e encarei o Minhocão.

Minhocão :: A estrela do dia

Um dos grafites mais bacanas do caminho, a raiz da planta “nasce” na caixa d’água do prédio. Foto: Débora Costa e Silva

Percorri todo o elevado e o passeio foi super agradável. Eu estou numa fase bastante sedentária, tentando voltar a rotina de exercícios, então sofri um pouco nas subidas. Você pode falar “mas o Minhocão é plano, que subida?”.

Pois é, eu também pensava assim, mas como estou enferrujada, cada inclinaçãozinha era um pequeno martírio para minhas pernas. Nada grave: fui devagar e foi uma delícia o exercício, mas serviu para dar um chacoalhão básico e me fazer querer superar isso.

De resto, o bacana  desse rolê é aquilo que já falei no começo do texto: ver São Paulo a partir de um novo ângulo. Estar entre os prédios, não dentro ou embaixo deles. Estar na rua ativamente, não dentro de um carro ou na calçada.

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Jardim vertical na lateral do prédio causa um impacto no meio da paisagem cinza. Foto: Débora Costa e Silva

O Minhocão em dias úteis tem uma outra vibe, tudo ali é pesado, poluído, deprê. Os prédios antigos e mal conservados ainda estão lá de fim de semana e feriados, é claro, mas rodeados de gente se divertindo. Outro clima, outra São Paulo.

Os grafites e as intervenções urbanas ainda não são muitos, mas os que existem já causam um impacto e tanto entre os visitantes. O que mais gostei é um desenho que simula o interior dos apartamentos dos prédios ao redor do Minhocão.

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A intervenção que eu mais curti no Minhocão. Foto: Débora Costa e Silva

Surpresas no centro :: Zombie Walk

A próxima parada seria a Casa Matilde, na rua São Bento, onde vendem docinhos portugueses. Quando cheguei no fim do Minhocão, na rua da Consolação, peguei um bom trecho sem ciclofaixa e fui andando cuidadosamente no cantinho das ruas ou pela calçada.

Como era feriado, estava bem tranquilo percorrer esse trecho, mas conforme fui avançando, o número de pessoas aglomeradas foi aumentando e logo descobri que estava no meio da Zombie Walk!

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Multidão zumbi toma conta do Viaduto do Chá, no centro de SP. Foto: Débora Costa e Silva

Fiquei impressionada com o tanto de gente que estava participando e com o capricho das fantasias. Tinham umas bem criativas, milhares de noivas cadáveres, uma Tropa de Elite enorme e até uns mais engraçados, tipo Salsicha & Scooby Doo, mas o ápice da parada foi quando um cara vestido de Batman subiu no topo de uma banca perto do Teatro Municipal e a plateia veio abaixo.

Parada para comer :: Café Girondino

A Casa Matilde estava fechada e o jeito foi ir até o Café Girondino, outro point tradicional do centro de São Paulo. Charmoso, com uma escadaria no centro, mesas, cadeiras e mobília de madeira, o clima remete o início do século 20. Foi um lugar delicioso para fazer uma pausa da pedalada, mas ao contrário do Ponto Chic, não fiquei muito feliz com o atendimento.

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As curvas do Café Girondino são um charme à parte. Foto: Facebook do Café

Não sei se é sempre assim ou se os garçons estavam especialmente desatentos, mas fiquei sentada quase meia hora sem ninguém me atender, só deixaram o cardápio e nunca mais voltaram – e não era o caso de estar lotado, bem longe disso. Mudei de mesa e resolvi pedir direto no balcão para agilizar. Pelo preço e pela tradição do lugar, esperava outra coisa. O café, por outro lado, estava uma delícia.

O Retorno :: Levando a bike no metrô

Logo ao lado do Café Girondino, tem uma estação do Bike Sampa, onde já devolvi a bicicleta para facilitar. Para voltar até o carro, resolvi ir de metrô da estação São Bento até a Marechal Deodoro.

Eu sempre apoiei e admirei meus amigos que trocaram carro ou mesmo metrô e ônibus por bicicleta. Os que começaram anos atrás então, nem se fala, foram desbravadores e corajosos. Tudo isso pra que hoje pessoas como eu, que estão longe de ser da turma do esporte ou ativistas, curtam um dia tranquilo de bike por São Paulo, com cada vez mais segurança, conforto e companhia. E que seja apenas o primeiro dia de muitos! 🙂

Uma das entradas para o Minhocão perto do metrô Marechal Deodoro, com tantas árvores que me senti num parque. Foto: Débora Costa e Silva

Links na bagagem :: Leituras da semana #15

Sem lero lero: vamos aos links da semana?

Projeto Bucket List – Mochileiro das Maravilhas & Vou Contigo

Acompanho o trabalho do Daniel Thompson (aka Mochileiro das Maravilhas) há um tempão, desde que começou a colaborar no UOL, e adoro seus vídeos e relatos de viagem. De lá pra cá, ele visitou as Sete Maravilhas Naturais do Mundo, as cidades-sede da Copa de 2014 e agora tá visitando os lugares dos sonhos dele e de muita gente (opa, dos meus também o/) com o projeto Bucket List, junto com o Átila Ximenez, do blog Vou Contigo.

Ia escolher um episódio, mas vou indicar logo a série toda e a playlist de vídeos no youtube! Tá bem bacana, com imagens lindas e bastante bastidores das aventuras dos dois. Para dar água na boca, se liga no teaser do projeto. Vale acompanhar!  😉

Esse cara vai salvar tua vida com suas meias e roupas luminosas – The Summer Hunter

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Antes de mais nada: que projeto mais bacana esse de criar um site com conteúdo temático sobre o verão! A Dani Majori que me apresentou e tem muita coisa interessante por lá! Uma das pautas é sobre a iniciativa de Michael  Cherman, que colou fitas adesivas que brilham no escuro em suas meias para andar de bike à noite – ele percebeu que com o movimento das pedaladas a luz refletida teria um alcance maior. Daí ele desenvolveu roupas e acessórios com esses detalhes brilhantes, tudo muito estiloso e funcional. O vídeo promocional é todo em preto e branco feito em Nova York ❤

Museu Lasar Segall reabre com exposição 

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Um dos meus lugares favoritos em São Paulo, o Museu Lasar Segall reabriu em agosto após meses de reforma. E em alto estilo, com uma exposição para marcar a nova fase: “Mário de Andrade e seus dois pintores: Lasar Segall e Candido Portinari”, que fica em cartaz até o dia 6 de outubro. Eu curtia ir lá assistir filmes na pequena sala de cinema e depois emendar um café. Fica a dica de passeio 😉

Domingão de sol no Minhocão, o passeio mais fotogênico da cidade – Viaje na Viagem

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Ok, eu sei, é uma falha de caráter nunca ter ido ao Minhocão de domingo – e agora sábado também. O Ricardo Freire explica por A + B + belas fotos porque é tão legal fazer esse passeio em São Paulo e ressalta que o rolê pode estar com os dias contados, afinal, muito se discute sobre uma transformação no elevado. Por enquanto, vale ficar ligado nos programas culturais que rolam to-do fim de semana por lá 🙂

11 Movies that make you want to visit New York City – NYCGo

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Adorei essa lista, com filmes de várias épocas que se passam em Nova York. A maioria são clássicos, como “Harry & Sally”, “Os Caça-Fantasmas”, “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa” até o mais atual “Birdman”. No final de cada descrição, tem também uma indicação de lugares mostrados nos filmes para visitar.

Será que não falta um pouco de realidade nos blogs de viagem? – Achados

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A Adriana Setti faz uma reflexão sobre o quanto chapa branca estão ficando os blogs de viagem – ou será que sempre foram? Acho que tem blogs e blogs, tem coisa muito bem feita, tem coisa tosca, enfim, assim como qualquer coisa na internet. Mas acho que vale refletir sobre isso sempre.

Turismo é um mundo cor-de-rosa mesmo, ainda mais porque rola uma tendência em ignorar todos os perrengues para ressaltar tudo de incrível que foi visto em uma viagem. Só que a vida nem sempre é assim tão mágica né? Filas, atrasos, mau atendimento e até acidentes podem acontecer e é bom que quem escreve seja sincero e mostre os dois (ou mais) lados de uma experiência – princípio básico do jornalismo, né! Espero conseguir fazer isso sempre 🙂

Links na bagagem :: Leituras da semana #10

Eba! Completamos 10 posts só de links legais relacionados ao mundo dos viajantes! \o/

O costume de reunir meus favoritos da semana em posts tem sido muito prazeroso e espero que útil para quem lê também. Vamos à lista da vez?

A ciclovia e um novo tempo na Avenida Paulista – Raquel Rolnik

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No domingo retrasado, dia 28 de junho, foi a estreia da ciclovia da Avenida Paulista, que ficou fechada para a circulação de carros. O dia foi definitivamente um marco histórico para São Paulo e um símbolo da transformação urbana que a cidade vem passando, com mais atividades culturais abertas ao público e maior incentivo a bicicleta como meio de transporte. Neste texto, a urbanista Raquel Rolnik traz um pouco da trajetória da Avenida Paulista (além de tudo, um ponto turístico também) e faz reflexões sobre o que foi este marco e o que pode vir pela frente.

Projeto Andarilha

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A Ana Luiza Gomes, dona de um blog que eu adorava, o A Pattern a Day, criou mais um projeto lindo, o Andarilha. Em suas próprias palavras: “Caminho para registrar, salvaguardar e difundir histórias de pessoas criativas que também buscam, em sua cultura e em suas trajetórias de vida e família, referências para fazer projetos inspiradores”. No site, ela escreve uma história por mês e ainda mantém um blog com outros projetos e descobertas cheias de inspiração. Os textos são deliciosos de ler, vale o clique 😉

Qual câmera comprar? – Dicas de Fotografia

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Um dos sites mais didáticos e interessantes sobre fotografia está chegando ao fim 😦 mas está encerrando em alto estilo, com um ebook gratuito com todo o conteúdo já publicado e esse post maravilhoso, que é para salvar nos favoritos e espalhar para os amigos que estiverem em dúvida sobre qual melhor equipamento. E de cara a autora já adianta: se está no começo, compre qualquer uma.

No texto, ela faz uma analogia entre fotografar e cozinhar e explica: “Se você está começando a fotografar não vai fazer diferença a câmera que está usando. De início, o objetivo será aprender o básico: picar cebola! Ou, voltando pra fotografia, medir a luz, focar e compor. E isso dá para fazer com qualquer câmera que tenha controles manuais”. But don’t panic: depois ela traz detalhes sobre cada tipo de câmera para te ajudar.

10 fotos incríveis de longa exposição – 360 meridianos

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Falando em fotografia, essa seleção de imagens é para inspirar qualquer um a querer sair do sofá e fotografar o mundo agora! A longa exposição acontece quando você diminui a velocidade do obturador e assim permite que entre mais luz na câmera para registrar uma imagem. Para ter um resultado bem legal, é necessário ter um tripé para que a foto não saia tremida. E a seleção feita pelo 360 meridianos traz 10 diferentes situações em que a longa exposição transforma a foto.

Lugares de séries de TV que existem de verdade – Chicken or Pasta

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Seinfeld, Friends, Sen and The City e tantas outras séries têm picos de Nova York como cenário. Aliás, o turismo de séries é algo de sucesso absoluto na cidade. O post acima traz uma relação desses lugares, mas não apenas na Big Apple, mas também em outras cidades norte-americanas. Dos que mais gostei (e me arrependo horrores de não ter ido) é a seleção dos lugares que apareceram em Seinfeld, meu seriado do coração – a lista dessa série especificamente foi feita pelo The New York Times.

Porque “não se preocupe com dinheiro, apenas viaje” é o pior conselho de todos os tempos@crismedias no Medium

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Então, eu tenho uma tendência forte a gostar de textos que vão contra essa coisa de “largue tudo e vá dar a volta ao mundo”. Juro que não é coisa de gente amargurada que não fez isso, mas é que eu acho que esse “conselho” não serve para todo mundo, nem para qualquer momento da sua vida.

Viajar serve para curar muitas coisas e é maravilhoso, é óbvio, mas eu acho que começou a virar uma onda muito forte isso de largar tudo e ser nômade digital – e se você não é, é um looser, não sabe aproveitar a vida, é um idiota que está no sistema etc etc etc. E esse texto, apesar de meio raivoso, acho que explica bem que não dá para todo mundo viver assim e tá tuuuudo bem!