A Natália Becattini é uma das criadoras do site 360meridianos, um dos meus preferidos de conteúdo sobre viagens. O blog é feito por ela e mais dois amigos (Rafael e Luiza) de Belo Horizonte. Começou em 2011 quando os três resolveram fazer um intercâmbio para a Índia, que virou uma volta ao mundo. “Nós queríamos contar nossas aventuras para amigos e família e, quem sabe, para alguns gatos pingados que surgissem pelo caminho. O nome veio do fato de que cruzaríamos as 360 linhas imaginárias que dividem o globo terrestre”, eles explicam na página.
Daí em diante o blog só cresceu e desde 2014 é a principal fonte de renda do trio, que continua viajando e se virando como nômade digital. A Natália hoje mora em Barcelona, na Espanha, mas já viveu também na Cidade do Cabo (África do Sul), em Chandigarh (Índia) e Buenos Aires. Depois de tantas andanças, resolveu tatuar algo que simbolizasse um pouco de suas histórias na estrada e seu amor por viagens.
Quais são as tatuagens que você tem e onde foram feitas?
Tenho apenas uma tatuagem no ombro. Diz Wanderlust [expressão derivada do alemão, que combina “wandern” (caminhar) e “lust” (desejo), que significa forte desejo de viajar e explorar o mundo] e tem um aviãozinho de papel. Fiz em 2013, em Belo Horizonte.
Qual o significado dela para você?
Não tem relação com nenhuma viagem específica, mas sim com o desejo de viajar sempre e conhecer lugares novos. Com essa vontade que nunca acaba de sair por aí com uma mochila nas costas.
O que te inspirou a fazer? Marcou um momento da sua vida?
É uma história engraçada. Na época, eu estava trabalhando em uma agência de comunicação e meu chefe chegou um dia e disse: “vamos todos fazer uma tatuagem hoje. Anima?”. É que o Atlético Mineiro tinha acabado de ser campeão da Libertadores e um grupo da agência tinha prometido fazer uma tatuagem se o time ganhasse.
Eu não tinha prometido nada, mas achei que era uma boa oportunidade para finalmente tatuar alguma coisa. Já tinha a ideia de tatuar a palavra Wanderlust e os designers da agência me ajudaram na escolha da letra. Fomos todos juntos na hora do almoço para fazer a tatuagem, umas cinco pessoas…
Tem planos de fazer outras relacionadas a viagem? Quais e por quê?
Quero fazer outras, mas ainda não tenho muito claro o desenho.
Quais foram as maiores alegrias e os maiores desafio como viajante?
Acho que o maior desafio é sempre ter que me despedir das pessoas. Da minha família e amigos no Brasil e dos amigos que faço quando viajo. Hoje posse dizer que tenho amigos em todos os continentes, mas estou sempre deixando eles para trás. Por outro lado, são essas relações que fazem as viagens valerem a pena. A maior alegria que eu tenho é quando eu estou em um lugar e penso “caramba, não acredito que eu estou aqui”. Seja porque é um lugar que eu queria muito ir ou porque nunca havia sonhado estar ali antes.
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E você, tem alguma tatuagem que tenha sido inspirada por alguma viagem? Conte a sua história também! Mande para papetespelomundo@gmail.com
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