Daniel em Havana, ainda virgem de tatuagens. Foto: Débora Costa e Silva
O Daniel foi uma das pessoas que me ensinou muito sobre viagens. Poliglota, sempre foi um cara interessado em outras culturas e acho que esse é um dos motivos que fazem ele viajar de forma tão intensa. Ele foi meu companheiro de aventuras em Cuba e foi quem me deu a dica de comprar as papetes que até hoje me acompanham <3.
Já foi para muitos outros cantos, principalmente pelo Brasil: Chapada Diamatina, Chapada dos Veadeiros, Rio Grande do Norte, Maranhão, Paraty, Rio de Janeiro, Minas Gerais… Pra fora já foi pro Equador e Venezuela e continua a dar suas voltas. Estreou um blog no Estadão, o Viagem sem Fim, mas além dos registros de lá, tem os que gravou na pele. Veja algumas das tatuagens que revelam seu amor por viagens.

Calma, não é tudo tatuagem! 😛 É um trabalho artístico da Mariana Lacanna, com o texto “Selado”, do Daniel Ribeiro, espalhado pelo corpo
Tenho atualmente sete tatuagens, mas tudo indica que em breve isso vai mudar! Tenho um barco de papel, um anjo meio gótico suave, duas frases (uma em português, outra em árabe), uma roda, dois búzios e um ourobouros (símbolo representado por uma serpente, que morde a própria cauda).
Quando e onde foram feitas?
Todas foram feitas em São Paulo. O barco e a roda foram feitas pelo Victor Otaviano em 2012. O anjo e a frase do Caetano no ombro foram feitas em 2013, pelo Rafael Horvat. Os búzios e a frase em árabe foram de 2014 pelo Lincoln Silva. A Ouroboros foi feita em 2015 pelo Alessandro do estúdio DaTribbo Tattoo.
São em quais partes do corpo?
O barco fica na costela, o anjo no peito, a frase no ombro. A roda, a ouroboros e os búzios são no braço direito. A frase em árabe é onde o sol não bronzeia.
O barco foi porque as viagens que mais me fizeram feliz foram para ilhas. Eu sempre tive uma piração com ilhas, acho bem interessante a ideia de estar meio isolado do mundo e de depender de forças alheias à nossa intervenção para sair de lá. Eu já quase perdi um voo porque estava em Alcântara e não tinha maré para chegar em São Luís do Maranhão.
Eu fiquei pensando muito nisso: em como eu não podia fazer absolutamente nada a respeito. Tinha que esperar. As ilhas têm essa coisa de ter que esperar. Eu quis fazer um barco de papel porque gosto de viajar e gosto muito quando é de barco, como as que fiz como repórter de viagem, foram super especiais.
A outra tatuagem relacionada às viagens é a roda que tenho no braço. É a mesma roda que tem na bandeira dos ciganos e tem a ver com a possibilidade do nomadismo, de mudanças. Nos meus 30 anos, já mudei de casa 14 vezes! Não só gosto de viajar, ou seja, das mudanças temporárias, mas também das definitivas. Que, no meu caso, nunca são tão definitivas assim.
Tem planos de fazer outras?Agora quero tatuar uma tartaruga que tinha em um adesivo que trouxe de Galápagos. Foi uma viagem muito especial e eu estava louco para ver as tartarugas gigantes que deram origem ao nome do arquipélago. De novo, as ilhas, tá vendo? Eu ainda não fiz essa porque fiquei na dúvida se fazia uma tartaruga ou um pássaro que vive lá – o píquero de patas azules, que tem os pés azuizinhos.
E você, tem alguma tatuagem que tenha sido inspirada por alguma viagem? Conte a sua história também! Mande para papetespelomundo@gmail.com
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